Ao vê-lo planar,
temi.
Senti suas asas
[tão amplas]
cortantes.
Do alto do prédio
as vi rasgando o vento
que zunia em meus ouvidos;
era uma solidão pura.
Ao vê-lo pousar,
enterneci.
Esperei suas asas
[agora retrancas]
abrirem-se para ir.
Do alto do prédio
alçou um vôo que sempre imaginei sentir.
E foi,
[horizontalmente]
paralelo ao crepúsculo,
em direção ao horizonte...
Os vôos que por vezes tememos podem nos levar aos portos (me refiro ao pouso) mais repletos de ternura.
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