quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não correspondida

Intrusa queria
Deixar de ser
E com você
Me permitir viver
Me sentir mandante
De toda alegria
Sem ser bandida
Nem rendida
Ou sem ninguém
Se intrometer
Nessa fantasia
Já que mesmo
Sem medida
Sendo a fera
Ou a ferida
Com emoção
Me faço despida
Completamente
Aturdida
Por um amor
Que ao me enternecer
A razão me roubou
Minha vida dominou
E pra sempre
Vai jazer
Sem fiança
Ou redenção
Nessa cela de prazer
Ilusão escondida
Numa prisão a sofrer:

Minha eterna paixão
Não correspondida

2 comentários:

  1. Ah, o mal de todos os amores, de todas as paixões! Ah, o amargo das doces ilusões...
    Mas que são os amores e as agudíssimas paixões sem a dor de amar e não ser amado em retribuição? Que é a vida sem o drama de viver uma grande paixão não correspondida?
    Um parque de diversões sem adrenalina; um carrocel que gira devagarmente num MCU sem fim, uma montanha russa sem desníveis, que não sobe para cair nem cai para subir... Ora bolas! Pouco da vida verdadeiramente se resume a isso.
    Bom mesmo é ter por quem chorar para depois lembrar que sempre se teve para que si sorrir.

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  2. Certa, certa… Certíssima!
    Que haveria eu de fazer se minha escrita se alimentasse apenas do sucesso de meus tantos desígnios?
    E que haveria eu de fazer se em mim somente houvesse paz e não, amor (pois sei “que é demais querer paz e amor também”)?
    Sei é que o destino já se encarregou da correspondência de nossas almas irmãs gêmeas!
    TE AMO

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