HORTO: s.m. pequeno terreno onde são cultivadas plantas de jardim; PALAVRA: s.f. vocábulo provido de significação.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Cor de saudade
Não sei se há, nem sei se já houve, ou se já se ouve, mas quis desenhar a saudade.
Ela teve a tendência de acompanhar o tempo que, furta cor, tudo pode tomar.
Tomar o céu azul ou o ocaso; tomar o cinza de uma manhã de domingo; talvez tomar o brio fogo da paixão.
Só sei que me animou o marrom; decalcar e pintar a saudade de marrom.
Cor do chão, cor da terra, cor do cedro, cor de chocolate, cor da pele.
A saudade, entretanto, também poderia ser branca, alva, alma, ao invés de carne.
Poderia ser o choro de uma partida seca; branca por remeter a todas as cores da memória, juntas.
Mas ainda prefiro o marrom. Mesmo que voltado para o negro, o marrom dos olhos.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
O homem do violão
Não só o som, mas a visão também era ambiente; espécie de celeiro, que aconchegava qualquer tormento.
Quando dei por mim, era ele.
Seu tom acompanhava o som e suas palavras iam, com o vento.
Ele se embaralhou em si mesmo, com as cordas.
Eu me mantive atenta.
Preferi não inibir aquele homem quase santo, de tão são naquele tanto.
Quis gritar; esmorecer o silêncio que se expandia em mim; transparecer minha satisfação, que caía aos prantos, que alagava meu olhar.
Eu quase sorri.
No entanto, percebi.
A tal melodia não me encantava os ouvidos.
Resguardei àquela imagem foram os meus segredos.
Emprestei memória ao possível, como dizer por aí...
Eternizei aquela noite numa caixinha de tesouros.
O homem do violão inda é um sujeito de poucos estios, mas demanda muitas palavras minhas para que eu fique apenas em uma pequena história.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Em movimento
Depois de tanto
Depois desse tormento
Das tomadas de ar
Depois daquele vento
Senti seu amor
Espécie de torpor
Sempre em movimento
Depois desse tormento
Das tomadas de ar
Depois daquele vento
Senti seu amor
Espécie de torpor
Sempre em movimento
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Verdejar
Verdejar esse campo é fácil.
Difícil é altear o cálice dos teus olhos em meio a tanta sensatez.
Tamanho mar de conforto...
Onde a esperança remansa.
Prato farto que alimenta e engole meu passo.
Em pratos limpos uma imensidão de força.
Florescência em raridade.
Cheiro de mato novo e gosto de vento.
E um daqueles sereno, que nos leva pela mão e gira...
Bem no intento de verdejar um universo.
Que antes era pintado e polido pela desilusão.
E uma daquelas boa, que nos leva pela mão e...
Poda qualquer manto de verde que possa florir.
Poda qualquer manto de verde que possa florir.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Ele de novo
É assim que ele anda
Na verdade ele corre pelas pistas
Dissimula olhares
Descobre vales
Vezes ele é manco
Vezes parece centopéia
Mas habita os mais belos ventos
Ele pode ser vento
Pode cambalear sentidos
Dar cambalhotas de felicidade
Iupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...!
Na verdade ele corre pelas pistas
Dissimula olhares
Descobre vales
Vezes ele é manco
Vezes parece centopéia
Mas habita os mais belos ventos
Ele pode ser vento
Pode cambalear sentidos
Dar cambalhotas de felicidade
Iupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Tem horas
Tem horas que o peso dos segundos faz estrago
Horas em que o estrondo ensurdece
Momentos em que autossuficiência vira impotência
Tem horas que o sono desperta assustado
Que o relógio do tempo parece que para
Mas deixa a mente a mais de 1000 por hora
Horas em que o estrondo ensurdece
Momentos em que autossuficiência vira impotência
Tem horas que o sono desperta assustado
Que o relógio do tempo parece que para
Mas deixa a mente a mais de 1000 por hora
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