Meus poemas são velhos
E não tem idade
Estão presos em todo tempo
Se movem a qualquer velocidade
Eles simbolizam
Meu grito intenso
Meu faro
Meu curso
Meu senso
Dedilham o amor
Simples e belo perpetuar
Calculam o prejuízo
E o imenso depósito
A que me permito efetivar
Meus poemas são velhos
Não fazem história
Apenas se adaptam às estações
Se fixando na mesma memória
Eles intentam
Sonhos novos
Sonhos puros
Inconstantes diretrizes
E incessantes deslizes
Meus poemas velhos
Bem sobrevivem
Alagados
E apesar de tanto chorar
Hoje ficam
Eternizados
Nesse meu terno
Terreno seco
De (a)mar
Velho, ainda que seja novo.
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