quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Hoje

É tanto correr
Encaixotar
Passar
Fazer
Limpar
Postar
Contar
Mexer
Curtir
Fuçar
Ligar
Cobrar
Cobrir
Deixar
...
Viver?
Pensar?

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Incremento

Incrementá-lo, impossível!

Manias o habitam
Desde pequeno
Tomando seu senso
Seu faro denso

Ele é mesmo
Indefectível

É um tal de morde
E assopra...!

E um tal de morde
E lambe tudo...

Se soubesse
Que assim seria
Antes mesmo
Já me apaixonaria

Só falta então
Me dar bom dia!

Pois, sim
A minha vida, enfim
Festim ambulante
Agora é delirante...

Tem lindo incremento
Novilúneo vibrante

Um sol Branco
Que doura meu riso
E meus olhos

Confrade maior
Da alegria
Da nossa casa-coração!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Fio de vida

Mal o dia chega
Já me vem o gosto
Sobressalente
Fel (icidade)
Sobrevivente

O peso do encosto
Do orvalho
Sem carvalho
De Alentejo
Com(o) a( )manhã
Vazio
Relampejo
Às cinzas da noite
E desconjuro
Festejo esse látego
Esse senso falso
Sombrio
Sem hombridade

Falta de falo
E calo
De pé
Num teatro
Ao vivo
Quase morto
Sob magia negra
Em cores
Sons
Ondas
Tremores
Maremoto
Dissabores

Fio de vida
Repleto de fastio
Todo horrores

sábado, 18 de agosto de 2012

Falta de poesia

Sua
Estética
Estática
Sem rima
Métrica
Vibrante
Andante
Coloração
Destoante
Propositadamente
Proporcional
Pinta
Mente
Menta
Verde
Frio
E aquece
Enriquece
Enraivece
Raia
Envaidece
Floresce
Cresce
Pra mim
A manha
Amanhece
Ma(i)s
Leve

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sem rima nem lógica

A inércia
Tem forma de corpo
Precisa da falta
Do ego(ísmo)
Habita estios inóspitos
Vazios doces
Favorece o acaso
Transborda nos olhos
Dribla o tempo
A idade
Ferve sentidos
Doídos
Move montanhas...
Ou acaba indo

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Onde pousar

Pra ilustrar o pouso do Quero-quero: foto-poesia!

"E porque muito amou e se ganhou de amar desperdiçadamente, seu lar não construiu. E vai conceber no chão limpo. (...) Num pedaço de trampa enluaçada. Ou num aguaçal de estrelas." 

Manoel de Barros.


Pouso do Quero-quero

Tendo vindo aqui
Me fica a vinda de viver
Sobreposta à de escrever
Andar pelos pastos, campos
Encontrar flores e cheiros pelos cantos
Encantar os cantos vividos e os que inda virão

Me debruçar na varanda do pensamento
E entender o preço que se paga
Pelo viço de um momento:
Alerta

Entender que as folhas caem
Que o vento passa
Mas que o feitiço do enguiço
Pode fazê-lo criado
E lançar o vento do amor
Como criador de caminhos
Onde só o quero-quero
Sabe pousar

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Reapaixonar-se

No início tem gosto de saudade
Mel parece aquele canto de quero-quero
Depois de morder pedaço de fruta
Como parar um vento de olhar o futuro
E perceber quantos presentes já passaram
Um cheiro de ter estado aqui
Meio segredo desabitado
Corpo sem chão
Que borbotoa no ar junto com melodia
Daquele dia
Dia
De instante
Sonho reluzente
Recorrente
Consciente
Feito ler de novo
O livro velho preferido

quinta-feira, 24 de maio de 2012

De grão em grão...

Invisto na frieza
Riqueza de saberes
Sabendo que
No fim
Só catarei migalhas
De um tempo
Transformado
Para, enfim
Encher meu papo
Puramente
De sentimento
E depois engolir

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Amor

Quero me cobrir de ti
Devastar meus medos
Colorir sua calçada...
Como se fosse primavera!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Juncos


A-filhado sem história

Brincadeiras à parte
O riso empoçado
Nos ilhós das curvas
Cheira a tempo sofrido

Diamante negro
Meio vindo inteiro

De momento partido
- deixou
O cruzeiro de estrelas
- bandido
A mergulhar afagos

Sob herança
Com dias antes cedo
Adiante
Antecedo
- sedento de medo
Feito cinzas sem trago
Nem filho
Um enredo...
.
(ponto!)

domingo, 8 de abril de 2012

Novo

E vem o dia
E vai o velho
O costume esburgo
O choro

Acabou a Páscoa
O chocolate
E ficou o ovo

domingo, 25 de março de 2012

Gosto de vento

Finda o dia
Inda continuo assim
Sedenta de ranços
Dos cantos
Em rios
De poços de calda
Doce encanto

Fico atenta com a história
Com a fala
A cola que junta os eus
Meus
Seus

Que untam à mordida
Que lambuzam as partes
Me deixando inteira

Até agosto
Nossa primavera será paladar
Metonímia
Então firmamento

Mamar de pureza
Sabor de bandido

Despedaçado
Em rodelas
Cachos
Gosto
De vento

quinta-feira, 8 de março de 2012

(des)Esperança

Depois de uma longa espera
Depois daquela demora
Cada dia era uma prece
E toda rua, uma história

Então, o encontro desencantou
- ou o encanto desencontrou?

Sendo que depois que o pneu furou...

A esperança nunca mais foi a mesma

(da próxima vai a pé!).

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Brado

Criar
O novo
Para que serve
Se do velho
O estorvo
Nasce o estio
O fio
Do amanhecer
Se o enlace
Garante
Calmaria
Que seria
Urgente
Clemente
Semente
Do encaixe
De se estrelar
A noite
Um seriado
Sem senha
Senado
Errado
Por se entreter
Faria-se
Retumbante
Um rei
Real
De feitios
Novos
De olhar
Profundo
De mundo
Mio
Brio
De brado
Faria-se
Futuro
Muro
Passagem
Passado

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Para um amigo


Um olhar
Um amigo
Um abrigo
Um abraço
Um espaço
Uma espera
Um estio
Um vazio
Uma vida
Uma ida
Um instante
Um distante
Um bastante
Um pouco
Um louco
Um lírio
Um delírio
Um dia
Uma noite
Um nada
Um mundo
Um vazio
Um estio
Uma espera
Um espaço
Um abraço
Um abrigo
Um amigo