terça-feira, 20 de setembro de 2011

Nova primavera

Quando tudo foi desfeita
Meu coração se apertou
Cavucou uma boa sombra
E desolado descansou

À procura de uma abrigo
Mas ao lindo som de Chico
Eu no embalo do vinho
Defumei o impudico

Com seu seio sipe leve
O quero-querer bem veio
E quedou o ano inteiro

O Quero-quero a voar
Vem na nova primavera
Meu amor-flor reabrotar

domingo, 11 de setembro de 2011

Vendo tudo

A pergunta sobre o que já se sabia
Fez pergunta estandarte
Estendeu as dúvidas no varal do pensamento
E ficou ao sol
De onde as pessoas talvez já não mais sejam fontes ou sonhos

Talvez eu, então, fique na dúvida se esse amor é ódio ou ode ao ego

Anacreonte ou cético
Se quero dançar no vento, tento acordar
Deslizar contento
Nem que seja no mercado

Agora os limites da incerteza variam o sujeito
E predicadamente verbalizam o tudo

Pois se vender alma é vender ética
Sobretudo, inafiançavelmente
Descabaço a verdade

[Vendando tudo]

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Lado bom

Insisto em cavitar

Levantar poeiras
E, Pollyannamente
Buscar tesouros

Céu aberto
Em temporáis

Lapidar brutais
Enxergando diamantes

Descobrir sorriso
Em ironia

E tenho mesmo essa mania
De lado bom...

Em tudo!