sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Alma Pinga

De dia
Imagino
Alegria
De noite
Rezo
Pro açoite
E pinga
Na língua
O gosto
A míngua
De saudade
Longínqua
Dona
Da vontade
Que mora
Cá dentro
Mina líquida
De choro
Besouro
Zumbido
Em coro
Amor
De ouro

Depois
Converso
Sério
Arrepio
A espinha
Foco
Inerte
O plano
Distante
O avião
Vibrante
Que arrancaria
Aquele
Primeiro
Semblante
(alegria)
Então
Suspiro
Em giro
Tranco
O quarto
E piro

Esqueço
O fato
Lembro
Do instante
Da viagem
Adiada
Da palavra
Falida
Da ida
Mal vinda
Fonte
Malvada
Que lava
A bica
Cada canto
De coração
E conto
Cada estrada
Calçada
E não
Andada

Água
(não benta)
Que arrebenta
Minha
Rotina
Arrebata
Meu sono
Aterroriza
Minha sina
Enterra
A esperança
Viva
O espírito
Desse encontro
Difícil
Brilho
Intangível
Em região
Intransponível
Transparente
Nível
Imensidão
De mar
Invisível

Encanta
O cheiro
Bafo
Beijo
E molha
A boca
O sexo
O ser
Pouca
Hora já ida
Apenas
Relida
Em cantiga
Com papo
De reggae
E lágrima caída
Que rola
Solta
Na pele
Envolta
De você
E abriga
Tenente
A partida
Em noite
Ou dia
Com ferida
Inteira
E gota
De alma
Fluida
Mas rota
Com sangue
A pingar

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