quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O falcão

Ao vê-lo planar,
temi.

Senti suas asas
[tão amplas]
cortantes.

Do alto do prédio
as vi rasgando o vento
que zunia em meus ouvidos;

era uma solidão pura.

Ao vê-lo pousar,
enterneci.

Esperei suas asas
[agora retrancas]
abrirem-se para ir.

Do alto do prédio
alçou um vôo que sempre imaginei sentir.

E foi,
[horizontalmente]
paralelo ao crepúsculo,
em direção ao horizonte...

Um comentário:

  1. Os vôos que por vezes tememos podem nos levar aos portos (me refiro ao pouso) mais repletos de ternura.

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