quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Viver sem escrever

Certa feita
Me deparei
[estreita]
Com um abraço do destino

Foi uma espécie de despedida
Um adeus temporário

A brisa subiu
E escutei o sussurro
[saudoso]
Nocauteando como murro

Foi a entrega maldita
Dos meus segundos
[em escrita]
Pelo meu futuro

Aquele abraço foi um roubo
Me tirou a inspiração
[deixou sem chão]
Rareou o ar

Depois de um tempo descobri
Que o fel da vida
Só sara a ferida
E inda nos faz florir

Hoje
Sem aresta
[no que me resta]
Sou fugaz

Produzo pouco
Não inspiro para escrever
Mas para viver
[mais]

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