quarta-feira, 20 de abril de 2011

Manias

Encaminho seus ditos
Como como vento

Uso amor no ouvir
E saber das manias encanta

Como canto de amigo
Que sabe dos mitos
E das verdades
Me sinto rua para o seu passar

De passo lento a calçar
Cal em cores
À transparência das manias
Suas e minhas

terça-feira, 19 de abril de 2011

A estória do chumaço

O chumaço veio d'América.
Era quase firme, se o ar fosse sólido.
Por entre suas vias iam o vento, ocupando um espaço seco e leve.
Os meninos da relva gritavam, queriam vê-lo, pegá-lo; não sabiam o que lhes era cabido.
As princesas admiravam-no, escondidas.
As anciãs ficavam de riso solto, pregando mistério e incitando curiosidade.
Tudo ia girando, girando e crescendo.
De repente, todos dançavam!
A música os ensinava que o açúcar era o que havia de mais doce.
E foi aquele algodão colorido - e doce - que os divertiu durante uma noite inteira...

Filme

A fita do tempo rodando meu senso;
os olhos do amanhã na tela da vida;
Como num passe de mágica veio o filme!
Mas o final ainda não foi feliz...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Atual(mente)

Vontade de atualizar me so(o)u obsoleta,

Um tanto quanto romântico demais, pra quem gosta do pós-moderno.

Abdicarei, portanto, do meu semblante monogâmico para recrutar um amante -

Sim, um amante daqueles com quem bem divido segredos e primeiros de tempo.

Estancarei o que irriga meu passado e jorrarei futuro (pois creio é no amor de amantes!).

O sangue que me aquece será de festim,
De um vermelho vívido, estonteantemente musicado em minhas veias;
Zona particular de plena satisfação.
Assim, sim, eu poderei falar da selva, da pedra preciosa, do recôndito que me rejuvenesce:

O de sempre.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Desencanto

... e desfez-se o encanto!
O passarinho, que a fazia chorar baixinho, voou!
A arara azul esmorecera, como a sua eternidade...
E num dia longo, de tempo sem fim, quem sabe, aquela ilusão renasça em inglês.
Pois, enfim, o encanto se desfez!