quarta-feira, 30 de março de 2011

Caim

quinta-feira, 24 de março de 2011

O homem do violão II

O homem do violão agora está saudade...
Num longe arpoado; mais perto ainda do vento.
Na verdade, eu que fui arpoada.
Lembro-me de uma primeira faísca lançada em meu peito.
Espécie de varanda dos sonhos; onde o inconsciente passeia, encosta e acaba deitando na rede.
Fiz versinho quando bem-te-vi pra (en)cantá-lo, mas no contexto virei beija-flor, ou melhor, quero-quero.
Vesti manto de cerrado e hoje sou desbocada, com intimidades descobertas; não uso o silêncio como arte*.
Se sou quero-quero, de certo tenho bem-querer.
Portanto hoje canto nesse que me toca:
O homem do violão.

*Referências Àquele que - pelas próprias palavras - reverdecia; e - segundo Guimarães Rosa - era dono de uma poesia comparada a doce de coco: Manoel de Barros.

terça-feira, 22 de março de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

Gratidão

O amor se veste bem de gratidão
Desarma abrigos
Desabotoa as roupas
Desfaz amarras
Enche o peito de louvor

Se enfeitar de gratidão
- maquilagem que escapa à vista
É disfarçar defeitos e colorir corações

É marcar os dias com fortes presenças
Sombrear o futuro de doçuras
Realçar as maçãs das manhãs
É brilhar os lábios com sorrisos
E exalar tentações

Assim, meu brio adverte:
Não há pintura de amor
Sem traços de gratidão

quinta-feira, 10 de março de 2011

Na Cidade de Pedra

No meio do caminho da Cidade de Pedra tinha uma flor
- Flash!
Tinha uma flor no meio do caminho da Cidade de Pedra
- Flash!
Tinha mais uma flor
- Flash!
No meio do caminho tinha uma flor

Eu as fotografei todas
E sempre me lembrarei de tais flores
Por entre meus caminhos
Cheios de pedras e espinhos
Nunca esquecerei de tantos amores

Sempre me lembrarei que no meio do caminho 
Na Cidade de Pedra
Tinha uma flor
- Flash!
Tinha uma flor no meio do caminho da Cidade de Pedra
- Flash!
No meio do caminho das pedras...

quinta-feira, 3 de março de 2011

Poetizar no Rio

Imensidão de anil
que de triste não tem nada...

Só o blue
de uma poesia
de quintal...

E o vento escutava tudo
bem de perto
em beleza uníssona...

Tempo bom
de som de Farol
com palavra de Arpoador!