sábado, 19 de junho de 2010

Engana

Se engana
Quem me chama
De lua
E dessa fama
Infame
Se engane
E assim
Me conclua

Noite ou dia
Sou cigana
Serventia
Da própria chama
Verbo que inflama
Onda que irradia
Em versos
E ironia

Engana é
O de jeito manso
E peito expanso
Que o vôo plana
Da ave serrana
E desdobra a busca
Que logo atenua
A eterna flama
Mundana

Se engana
Quem se deixa
E quem fecha
A ventana
Escondido
Nessa sombra
Soberana
De cabana

Sem engano
Prossigo sacana
Peregrina pagã
Mas bem vestida
E insana
Enxergando a saída
Da vida
Em um plano
Muito mais que profano

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