Não sei se há, nem sei se já houve, ou se já se ouve, mas quis desenhar a saudade.
Ela teve a tendência de acompanhar o tempo que, furta cor, tudo pode tomar.
Tomar o céu azul ou o ocaso; tomar o cinza de uma manhã de domingo; talvez tomar o brio fogo da paixão.
Só sei que me animou o marrom; decalcar e pintar a saudade de marrom.
Cor do chão, cor da terra, cor do cedro, cor de chocolate, cor da pele.
A saudade, entretanto, também poderia ser branca, alva, alma, ao invés de carne.
Poderia ser o choro de uma partida seca; branca por remeter a todas as cores da memória, juntas.
Mas ainda prefiro o marrom. Mesmo que voltado para o negro, o marrom dos olhos.
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