quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Novos tempos


Há tempos não escrevo sobre o amor, o amar.

Sobre o mar, sobre as ondas de sobra, sob as sombras, as marés de paixão...
Sobre antigos, os artigos, as letras, as palavras e as frases que vem construindo o livro da minha vida, a temperar meus dias.
Vezes não admito, mas transpiro amor. Tento abarcá-lo num infinito de confusões, afazeres, compromissos; afogá-lo em uma rotina cansada, progressivamente densa. Exijo de mim mesma resultados recordistas, capacidades e reservas inexistentes, expelir do peito o ar que nunca irá sair.
Os números é que me lembram do quanto somos volúveis, voláteis e, solenemente, amantes indissolúveis.
Depois dos anos passados olhamos pra trás, paradoxalmente, com mais tempo. Paramos mais (e) devagar, dissolvemos cada memória e saboreamos cada pitada, cada pôr do sol, cada tempestade, cada oceano de estrelas.
Gosto do tempo - me cheira tão diferente, tão igual! Ele navega meu futuro de embarcações à deriva...
Me atravessa à margem do amanhã...
E volta...! Um vento...
Mar me leva tanto ao passado, nessa jornada nostálgica e melancólica... Marca meus sorrisos na areia... Os cobre de água salgada...
É o amor (dos velhos tempos) presente de novo!

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