segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pássaro da saudade

Quando um dia inda é bobagem, em plena tarde, a noite se agarra em meus pés e promete uma dança. Me traz fotos sorrindo e memórias de lembrança. Escurece meus olhos e me clareia a mente. Diz, sincera - mente, que o ar rareiou, mas que a brisa venceu. A calmaria tomou conta da cidade do meu coração e se fez mandante. E enquanto suas mãos imaginaria - mente repousam sobre meu peito, me aqueço. Enquanto me tira pra dançar, adianto os passos e caminho pelas estrelas. Estremeço e descubro, mais uma vez, o poder do amor. Reviro aquelas velhas canções e me alegro demasiada - mente. Torno a embalar meu corpo numa emoção longínqua, que é a mais presente possível, e então, relaxo inteira. Os rodopios me levam aos mais lindos jardins, cores e brilhos que me fazem levitar, sentir como raio de sol ao alvorecer. Agradeço, portanto, pela dança, pois quero me manter esguia na noite, e rezo pro dia não nascer, poque quero essa chama, essa noite comigo, pra sempre. Essa "noite" é a saudade... Saudade de um tempo bom que se e me faz melhor a cada dia. Saudade de amar livre - mente, com gosto de quero-querer mais... Saudade de, em meio às tempestades do cotidiano, sentir a brisa da paixão me acalentar e me energizar pro amanhã. É de saudade que me inundo... De saudade que me cerco... É nela que me atiro! Me jogo em seus braços toda vez que te quero e te espero. E pode saber: se eu estiver pensando em você, a saudade faz noite do meu dia e me transporta pro nosso universo... Onde o chão é de céu e a luz da vida somos só EU e VOCÊ!

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