quinta-feira, 24 de março de 2011

O homem do violão II

O homem do violão agora está saudade...
Num longe arpoado; mais perto ainda do vento.
Na verdade, eu que fui arpoada.
Lembro-me de uma primeira faísca lançada em meu peito.
Espécie de varanda dos sonhos; onde o inconsciente passeia, encosta e acaba deitando na rede.
Fiz versinho quando bem-te-vi pra (en)cantá-lo, mas no contexto virei beija-flor, ou melhor, quero-quero.
Vesti manto de cerrado e hoje sou desbocada, com intimidades descobertas; não uso o silêncio como arte*.
Se sou quero-quero, de certo tenho bem-querer.
Portanto hoje canto nesse que me toca:
O homem do violão.

*Referências Àquele que - pelas próprias palavras - reverdecia; e - segundo Guimarães Rosa - era dono de uma poesia comparada a doce de coco: Manoel de Barros.

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