Não quero viver de arte
Quero que ela me viva
Acobertar o fole da manhã
Silabar os versos das imagens
Quebrar o gelo que derrete a insensatez
Preciso de músculos firmes nos olhos
Deixá-los bem abertos para a luz do infinito
Enterrar na escuridão das coisas
Tudo que for coisa sem ser
Presenciar a criação pela inexatidão
Debulhar ladrilhos
Verbalizar cores e o mar
Me expor milhares
Ao invés de em migalhas
Pois da chuva que se sobra
Caem os rios sob cachoeiras
Que nos quedam o senso
Pois da noite que se artiza
Borbulha o sol
Que ensina a arte dos nossos dias
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